quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Processo de construção Diorama: Despertar do Esquecimento

Mais um modelo finalizado, mais um olhar sobre o processo de construção.
Desta vez, foi mais uma afirmação do que apenas um diorama, foi um modelo meio que com uma postura ativista sobre uma sociedade adormecida. 

Mas vamos lá à parte gira desta publicação. Como eu fiz isto!?

Para começar, já sabem que tento usar o mais possível o meu material preferido para construir estes modelos, o papel! Tenho usado uma cartolina de 220g de papel fineart acid-free que me oferece a melhor qualidade quando impresso, bem como o suporte necessário (com o uso de várias camadas) para a produção destas maquetas! 

Tudo começa no digital e finalmente numa folha impressa com a ideia.



Algumas peças foram cortadas com a maquina de corte laser, que facilita bastante todo o processo nestas maquetes. Tenho uma laser 40x40 e uma plotter formato A4. Ambas dão conta do recado, tudo depende do objetivo da peça.


A base foi feita de uma moldura comprada mesmo para o efeito de criar um pequeno diorama e sobre a mesma colei cartão de 1mm com a impressão 3D das linhas que pretendia para a maqueta. Tapei as mesmas com mais cartão para dar a ideia de carris sobre alcatrão ou outro material similar.


O processo de criar a textura (3d) do tijolo demorou um pouco. Embora tenha equipamento (a plotter) que permite fazer isso quase de forma automática, aqui preferi fazer mesmo tudo à mão. Até mesmo para perceber se o efeito fica realista e se compensa o trabalho em projetos futuros.
Acho que as fotos falam por si! Mas da próxima já vou apostar na plotter.






Bom, agora vamos à porta, até porque tenho de ter alguma segurança dentro deste armazém, certo?
Mais uma vez o material de eleição foi o papel. E claro que tinha de estar suja, pintada, e com os vidros partidos.
A porta desenhei digitalmente, inclusive o "sujo" e grafitis foram adicionados digitalmente. Tecnicas que tenho aprendido no mundo do 3D. Que faz parte do meu trabalho do dia-a-dia.


Os vidros são apenas restos de uma embalagem de plástico, cortados à medida. 


A sujidade dos mesmos é feita com cola branca e pastel seco.


Agora vamos a detalhes, e mais detalhes... 
Como já viram AQUI, enchi a fachada de alguns detalhes, uns foram mesmo de ultima hora e nem fotografei o processo, como o "VENDO" e os cabos elétricos na fachada. 
Meti uns tijolos extra, para melhorar o efeito 3d e uns posters gastos. 
O processo foi um pouco arcaico mas resultou, imprimi, peguei numa lixa e fui lixando as costas do poster até ficar assim, com falhas e buracos. Foi um processo engraçado e gostei muito do resultado. Depois acabei com uma aguada de cola PVA e deixei secar.



Agora vamos à base. 
Este processo foi o chamado, ou vai... ou racha
Mas até que correu bem. 

Receita:
Uma pitada de areia de praia, com cola branca, água, tinta acrílica a gosto, misturar uniformemente, levar ao forno... Ah não, esqueçam o forno! 
Basicamente foi sujar tudo e confiar no processo.
Depois de seco, uso de pastel seco, a minha arma favorita para estes acabamentos e mais detalhes! 





Para finalizar, nada como algum arvoredo e mais detalhes.
As folhas foi mesmo um mero acaso. Orégão seco, puro e duro, parece mesmo que estou a fazer uma receita... no final uma pitada de orégão e está pronto a servir. Só que não. Ainda levou com restos de pincéis velhos para fazer umas ervas, uns sacos do lixo feitos de... imaginem, sacos do lixo! 
E uma pequena galinha, que meti por teimosia, pois queria algo impresso em 3D no modelo. 






O modelo final, podem o ver AQUI.

Obrigado pela visita, pelas mensagens e por estarem desse lado! 

Até já!

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